terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vídeo Índio Brasil: cinema, pintura, arte tradicional, fotos e poemas


E chegamos ao final do Vídeo Índio Brasil em Boa Vista. A mostra atraiu ao Cine Sesc Mecejana pessoas de todas as idades, profissões e descendências. Além da exibição dos 14 curtas, médias e longas da programação, o Coletivo Arteliteratura Caimbé e o Sesc Roraima organizaram uma mostra de artes com telas, panelas de barro, fotografias e poemas.

Foram oito noites emocionantes para quem participou. Ao final de cada sessão sempre houve uma conversa com o público presente para discutir o conteúdo de cada filme. As correlações com a realidade local sempre estiveram presentes, visto que Roraima é um estado com grande população indígena e apresenta, mesmo que hoje estejam reduzidos, conflitos por conta das demarcações de áreas indígenas.

A atividade audiovisual foi complementada pelas telas de Bartô, as panelas de barro de Lídia Raposo, a projeção fotográfica da Organização dos Indígenas da Cidade, as fotografias de Tana Halú e os poemas meus (Edgar Borges) e de Zanny Adairalba. Além disso, na última noite do evento, o grupo Maruai, da comunidade indígena Tabalascada, região da Serra da Lua, participou fazendo a encenação da Peça do Canaimé, mostrando com teatro e dança parixara um dos mitos das etnias da região.




Escritores, educadores, missionários, padres, hippies, estudantes, trabalhadores braçais e indígenas das etnias Wapichana, Yanomami, Macuxi e Patamona fizeram parte do público que prestigiou a primeira edição do evento em Boa Vista. A mostra teve ampla divulgação na mídia local, com mais 50 matérias e notas na internet, rádio, TV e jornais.





Para nós, do Coletivo Arteliteratura Caimbé, foi muito gratificante participar desta mobilização nacional que destacou as peculiaridades da cultura indígena. Gratificante por integrar Boa Vista ao evento e também pela resposta do público, que adorou os filmes e a mostra, fez elogios, destacou a importância da atividade e já ficou esperando pelo próximo ano.



Na sexta-feira, quando foi exibido o vídeo Indígenas Digitais, Alex Makuxi, um dos personagens do filme, conversou com a platéia sobre a sua participação na obra e a importância de mostrar a influência das novas tecnologias na conquista de melhorias para a população índia.




O historiador Adair Santos esteve presente todas as noites da mostra. Autor de um livro no prelo sobre história de Roraima, o escritor participou ativamente dos debates e, assim como outras pessoas, aproveitou para fazer novas amizades e contatos profissionais.




    Além de tudo isso, ainda houve sorteios de colares, fotografias,     camisetas e livros. Ou seja, quem foi, aproveitou bem.





No final de tudo, o Sesc, nosso grande parceirão desde que o Coletivo surgiu, ainda pediu para deixar a mostra por um mês a mais na galeria. A ideia é fazer visitas guiadas com estudantes. A gente deixou, claro. ;-)

Obrigado a todos os que apareceram no VIB 2010. Se tudo correr bem, ano que vem tem mais.

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